quarta-feira, 3 de julho de 2013

Transporte Público com qualidade significa: Melhorar a vida das pessoas.

Quando você estiver no trânsito olhe a sua volta. Você vê o que? O espaço público está ocupado por carros. Menos de 10% deste espaço é destinado ao transporte público, calçadas e ciclovias. Estamos vivendo uma crise na mobilidade com aumento dos congestionamentos, poluição urbana, mortes no trânsito e do tempo que gastamos no deslocamento, seja nos nossos carros ou de ônibus. Com a pressão exercida pelo rápido crescimento da frota de automóveis, grande parte do investimento público é destinado ao modo de transporte privado. 

Isso é resultado de um modelo de mobilidade excludente que nos últimos tempos tem focado no automóvel, que recebeu no último ano mais de 12 bilhões de reais do governo federal de incentivo fiscal para a produção e venda de automóveis, beneficiando assim montadoras, concessionárias e proprietários de veículos. Como se não bastasse os recursos federais através do PAC para as rodovias e os incentivos tributários e investimentos de governos estaduais e locais em mais avenidas, pontes e viadutos para os carros. Com tantos recursos públicos para os automóveis gastos no último ano, seria possível melhorar o  transporte público, que nunca recebeu a devida atenção do poder público como um serviço essencial. 

Esse quadro só poderá ser alterado com a pressão da sociedade organizada sobre o poder público. É necessária a mobilização nas ruas para que o Governo coloque na sua prioridade o transporte público para a mobilidade urbana.

1. Desenvolvimento de ciclovias; (link: Harmonia Possível)

2. Implantação de um sistema de transporte público, de qualidade e com acessibilidade para todos;

3. Implantação do Bilhete Único nas regiões metropolitanas;

4. Barateamento das tarifas do transporte público, para promover a justiça tributária e social;

5. Implantação de um sistema de transporte aquático para cidades com potencial para este sistema por possuírem rios no seu território;

6. Implementação de sistemas de transportes coletivos com energia limpa, não poluente.

Através dos anos, o modelo sócio territorial contribuiu para a produção de cidades cada vez mais excludentes. Recentemente houve investimentos no "minha casa, minha vida" em que recursos para infra-estrutura são insignificantes e não há exigência de transportes públicos para sua implantação, contrariando as informações do Estatuto das Cidades e o Plano Nacional de Habitação, desprezados por este programa. 

Temos que tratar o transporte público como um serviço essencial para a população, assim,  reivindicando investimentos em transporte público de qualidade e com acessibilidade, investimento em novas formas de transporte, baratear as tarifas de forma significativa, promovendo acesso ao trabalho, à cultura, á saúde, garantindo assim acesso à cidade como um direito de todos. 






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