quarta-feira, 3 de julho de 2013

Soluções para reduzir o trânsito


Uma fila de carros que ninguém sabe onde começa e parece não ter fim é o espaço que hoje é  ocupado pelo aumento da frota de veículos nas cidades nos últimos dez anos. No livro Sorria, você está engarrafado, o autor e médico Mário Márcio, aponta medidas adotadas por outras megacidades para melhorar a mobilidade urbana. E que sirva de inspiração para a nossa cidade. Vamos conhece-las?


1 - Pedágio urbano: LondresOslo e Milão cobram tarifas dos usuários de carros no centro da cidade. E para onde vai a arrecadação? A arrecadação vai direto para investir na melhoria do transporte público. Em Londres, se cobrava o equivalente 35 reais, por dia dos motoristas que utilizam as ruas do centro das 7h às 18h, essa medida reduziu em 30% os veículos no centro da cidade. Já em Cingapura, o pedágio fez o uso de ônibus crescer 15% e o engarrafamento reduzir 40%. 

2 - Desmotorização: Em Manhattan, não há estacionamentos. Em Munique, na Alemanha, novos prédios serão construídos se não possuírem garagem. Medidas como essas têm estimulado investimentos na qualidade do transporte público. 

3 - Sistema de cotas: Em Cingapura, existe um limite de de carros por família e cada licença pode chegar a custar 21 mil reais. 30% das famílias possuem carros.

4 - Vias e faixas exclusivas: Corredores exclusivos, começaram a ser implantados no Rio, e ônibus de alta tecnologia atraíram a população que passou a usar carro para as horas de lazer e o transporte coletivo para o dia a dia de trabalho.

5 - Recuperação de ferrovias existentes e construção de novas: Mais pistas, mais congestionamentos, mais poluição, maiores custos de infraestrutura e gestão. É fundamental investir no transporte sobre trilhos.

6 - Construção e manutenção de ciclovias, educação no trânsito e segurança: No Rio, a maior malha de ciclovias do Brasil e a segunda maior da América do Sul, com 235 quilômetros, perdendo apenas para Bogotá, na Colômbia. Mas a má conservação das pistas, o trânsito feroz e o perigo de assalto são alguns dos obstáculos enfrentados pelos ciclistas na cidade. Enquanto isso, tanto em Copenhague, na Dinamarca, como em Amsterdã, na Holanda, programas governamentais estimulam desde cedo a prática do ciclismo, o respeito às regras de circulação e a convivência pacífica nas ruas.
Link: Cidades que pensam nos ciclistas 

7 - Criação de transporte hidroviário: algumas experiências já foram feitas ligando a Barra à praça XV. (Você também pode gostar Transporte público de qualidade significa melhorar a vida das pessoas)

8 - Implantação de sinais inteligentes: tratam-se de semáforos que mudam o tempo entre o vermelho e o verde eletronicamente, de acordo com o fluxo momentâneo de veículos. 

9 - Criação de multa positiva: Na Coreia do Sul, desde 1996, a capital Seul cobra o equivalente a 4,80 reais de carros que passam por duas de suas avenidas com menos de dois passageiros. Resultado: a quantidade de veículos caiu 34% e a velocidade subiu 10 Km/h.

10 - Incentivos fiscais: 
um alemão interessado em obter a carteira de habilitação para dirigir é obrigado a pagar uma taxa de quase 2 mil euros, o equivalente a 4 450 reais. Além disso, impostos sobre a compra de automóveis, taxas de registro e de estacionamento são propositalmente elevados.


 

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